quinta-feira, 17 de março de 2011

Redes e organizações evangélicas promovem campanha contra turismo sexual de crianças na Copa 2014

 

Logo_Copa2014 O problema do turismo sexual no Brasil é extremamente grave e traz uma série de prejuízos para nosso povo, especialmente contra crianças e adolescentes. Para se ter uma pequena noção da situação atual, basta ver os números abaixo:

  • No Recife, a Organização Não Governamental (ONG) Coletivo Vida Mulher, calcula em três mil o número de meninas prostituídas a cada verão, sendo que uma em cada três prostitutas na capital pernambucana tem menos de 18 anos;
  • Em mais de 900 municípios do País há vítimas do chamado turismo com motivação sexual infanto-juvenil. Desses, 436 são destinos turísticos do Nordeste. Os números foram levantados pela Unicef, SEDH e Universidade de Brasília.Estatísticas da Organização Mundial do Trabalho (OIT) mostram que 1,8 milhão de crianças e adolescentes são abusados sexualmente no mundo, a cada ano. No Brasil, as cifras mostram que 100 mil meninos e meninas são vítimas de exploração sexual;
  • Aventura e prazer a baixo custo atraem por ano a Fortaleza, segundo a entidade, cerca de 70 mil italianos;Agência de viagem chegam a fazer propagandas sobre facilidades de sexo fácil no país;
  • Há os chamados non-stop party, onde o turista fica hospedado em uma espécie de bordel e pode ter sexo com quem quiser e a hora que quiser, até as viagens de incentivo, em que a agência organiza, além da viagem, um programa de atividades sexuais para motivar ou recompensar homens de negócios.Os valores variam de 2.300 Euros (uma semana) a 3.000 Euros (duas semanas). Há custos extras, como a oferta "Um dia com duas mulheres", que sai por 70 Euros. Caso a viagem seja cancelada após o fechamento do negócio, a multa é de 1.000 Euros.


No intuito de denunciar e lutar contra esta realidade, redes e organizações evangélicas iniciam a Campanha de Enfrentamento ao Turismo Sexual da Criança e do Adolescente na Copa 2014. Com o slogan”Um gol pelos direitos de crianças e adolescentes: exploração sexual não é um jogo. Denuncie!” , a campanha é liderada pela Rede Evangélica nacional de Ação Social (RENAS) e será lançada oficialmente no próximo dia 22 (terça-feira), às 18h30, em São Paulo.

No dia 18 de maio (Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração contra Crianças e Adolescentes), está programada a Marcha contra a Exploração Sexual da Criança e do Adolescente. O projeto unifica outras campanhas evangélicas já existentes em favor da infância, como o Mutirão de Oração pelas Crianças em Risco e a Campanha de Vacinação contra os Maus-tratos de Crianças.

Caio Marçal, secretário de Mobiliação Nacional, entende que “ a promoção dos direitos das crianças passa especialmente pelo fortalecimento de ações conjuntas de organizações que tenham interesse de promover a dignidade dos pequeninos e que é missão da Igreja não esquecer desses”. A Rede FALE participa da campanha e deve mobilizar seus grupos para que sejam propagadores das ações e também está envolvida na logística da campanha.

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