sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Jovens da Rede FALE e Prefeitura discutem sobre ações de saneamento e educação ambiental da Grota Criminosa

Por Carlos Eduardo da Silva Fernandes*


Rede FALE é convidada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Marabá/PA a discutir plano de atividades e programa de educação Ambiental na região da Grota Criminosa

O grupo FALE local representado na oportunidade por Elias da Silva Albuquerque e Carlos Eduardo da Silva Fernandes estiveram reunidos com o Departamento de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente representado por Márcia Leísa Oliveira e equipe, na manhã de do dia 22 de outubro, tendo como foco da conversa a Grota Criminosa de Marabá.

Na oportunidade foram apresentados dados sobre a grota, informações sobre a Rede FALE e suas ações locais, o projeto da rede para a grota, discussão de ações conjuntas e obras da prefeitura em torno da grota, que levou o Departamento a acionar a Rede FALE para tomar medidas sobre tal trabalho proposto pelo gestor municipal (interessante isso não é?).

Foi relatado todo o histórico de ações da Rede FALE ligadas a temática, que desde 2007 envolveu saraus culturais, a confecção dos cartões, palestras em Marabá e Itupiranga, Campanha Nacional focada em Marabá, Amplificando (realizado em Marabá e no Fórum Social Mundial em Belém-2009) com atividades debatendo Saneamento Ambiental e Defesa de Direitos, participação em conferencias, formação em educação ambiental com A ROCHA, além das atividades de pesquisa na região nos anos de 2007 e 2008, em especial. Do outro lado, os servidores expuseram suas dificuldades de obtenção de informação não conseguindo atender os questionamentos feitos por acadêmicos sobre a grota e nem elaborar estudos no local por falta de verba pública.

Compartilhamos situações, dificuldades, anseios assim como alternativas para iniciar um trabalho de impacto e dentre alguns pontos, propomos uma ação conjunta para elaborar um projeto de educação ambiental relacionando questões de saúde e meio ambiente e o reflexo das obras que foram feitas até hoje nas margens e através do despejo de efluentes de maneira inconsequente até mesmo por não haver um sistema de coleta que atenda a todos os moradores, pensando também na captação desses recursos.

Foi entregue ao departamento, arquivos e todos dados levantados até sobre a grota com o objetivo de sincronizar e nivelar conhecimento e propomos uma nova reunião para tratarmos de estratégias e elaboração de um cronograma objetivando prazos para a elaboração e entrega de projeto.

A seguir conversamos com a Coordenadora do Departamento de Licenciamento Ambiental, Hígia Gusmán Brandão, sobre o processo que envolve a liberação das obras de manilhamento e asfaltamento na grota criminosa e os procedimentos que a Secretaria está adotando. Nas palavras de Hígia: “A obra já tem uma Licença Prévia, mas não será liberada nenhuma Licença de Instalação se a prefeitura não apresentar um projeto técnico incluindo os impactos ambientais a serem causados e medidas mitigadoras a serem adotadas.” A Rede FALE foi perguntada sobre soluções alternativas para a situação na grota, uma vez que a questão não é apenas ambiental e sim socioambiental, evitando que os ribeirinhos lancem seu esgoto e resíduos na grota, mencionamos sobre a segunda fase do projeto que não é de conscientização e sensibilização e sim de caráter técnico.

Também foi sugerido expor o caso aos olhos do Ministério Público.

Fomos muito elogiados pela iniciativa, foi a primeira vez que a Secretaria de Meio Ambiente Municipal convidou o grupo para debater o assunto e temos a certeza que é apenas o começo de todo um plano estipulado por Deus. Avaliamos como positivo tudo que foi colocado e planejado e creio que assim estaremos cada vez mais nos aproximando de ser um referencial socioambiental em Marabá/PA.

* Carlos Eduardo é coordenador da Campanha "FALE por Saneamento Ambiental em Marabá/PA".

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Veja também:

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ações de grupos FALE no Plebiscito da Terra

ajuntamentoO Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA) promoveu nesse ano o PLEBISCITO POPULAR PELO LIMITE DE PROPRIEDADE DE TERRA e a Rede FALE formalizou seu apoio e participação.

Foram diversas as atividades realizadas pelos grupos FALE em vários estados, alguns dos grupos puderam participar montando urnas em igrejas (Sobral/CE, Curitiba/PR, Rio de Janeiro/RJ), participando do “Grito dos Excluidos” (Fortaleza/CE e Curitiba/PR) e de tantas outras formas.

Alguns representantes do Fale SP, participaram do momento de abertura do plebiscito na Universidade Metodista de São Paulo. No Ajuntamento das Tribos, o FALE RJ coletou assinaturas e fez uma “blitz” dentro do evento. O Secretário Nacional de Mobilização divulgou amplamente no cadastro da rede e entre os parceiros de RENAS o abaixo-assinado online da Campanha.

Desejamos fazer com que nossas igrejas e grupos reflitam mais profundamente sobre a questão agrária em nosso país e produzir materiais que ajudem na reflexão sobre reforma agrária no Brasil.

Segue abaixo relatos da algumas ações de grupos FALE no Plebiscito da Terra:

FALE Rio de Janeiro (RJ) – Rede FALE no Ajuntamento das tribos

“Imagine um lugar onde se pode encontrar gente de todos os tipos, de diversos lugares, de tribos diferentes adorando a Deus. Imaginou? Lembrou-se da descrição apocalíptica do céu? Na verdade, estou falando de uma parte do Reino do Senhor aqui mesmo na Terra. No fim de semana do feriado de 07 de setembro aconteceu o Ajuntamento das Tribos, em Itaboraí, onde membros de Comunidades (Igrejas) alternativas reuniram-se para pensar o próprio “movimento”, traçar metas, trocar experiências e “cantar rock and roll para a glória do Senhor”.

ajutamento2 A rede Fale marcou presença com o “Plebiscito da Terra” (Campanha Nacional pelo Limite da Terra), que arrecadou em torno de duzentas assinaturas. Foi muito interessante a presença do Fale no Ajuntamento, pois tivemos a oportunidade de divulgá-lo e de receber retorno disto: um dos líderes presentes, Ayrton, mostrou ao Caio Marçal, a mim e a um fotógrafo (que não me recordo do nome, não lembro nem do meu às vezes) a absurda degradação ambiental promovida pela LogShore, especialista em logística, que aterrou um rio em Guaxandiba, São Gonçalo (RJ). Tais frutos servirão para fortalecer a Rede Fale no Rio de Janeiro”.

Juliana Peres – Membro do FALE RJ

FALE Curitiba (PR) – Rede FALE Paraná divulga plebiscito na Convenção Batista Paranaense

“Na manhã do dia 25 de agosto de 2010, a convite do Pr. Hilquias,  presidente da Convenção Batista do Paraná, falamos sobre o "PLEBISCITO PELO LIMITE DA TERRA" na Convenção Batista do Paraná. Relatamos os problemas que o latifúndio acarreta, o importante papel que as pequenas propriedades têm na questão do trabalho e produção de alimentos, nossa segurança alimentar, as questões da concentração de terra e recursos, sua influência na miserabilidade das cidades, a importância de pautar ações pela justiça e de sermos ativos neste plebiscito, claro que o tempo foi curto, mas deu para citar tudo isto, pautado em Isaias 5:8 contextualizado para nossos dias.

Estavam presentes cerca de 40 pastores, todos ouviram com muita atenção e muitos se interessaram em participar de alguma forma. Até um comentário foi feito no sentido da importância deste texto de Isaias e da necessidade de se repercutir o que foi dito nas demais igrejas, a partir dos pastores, que são formadores de opinião. O encontro se desdobrou na possibilidade de montar urnas em três igrejas da cidade”.

Douglas Rezende – Articulador Rede FALE Paraná

sábado, 9 de outubro de 2010

Prêmio Nobel da Paz 2010 e a liberdade de religião na China

2481.MM O Prêmio Nobel da Paz de 2010 é do intelectual e ativista chinês, Liu Xiaobo, por sua longa e pacífica luta por direitos humanos em seu país. O anúncio foi feito na sexta-feira, 8/10, e, entre outras, relacionou-se ao fato do premiado ser um símbolo da resistência aos desmandos do governo chinês e um dos mentores do manifesto por reformas na República Popular da China, que ele escreveu, e que tem hoje milhares de assinaturas de apoiadores. Preso pelo governo chinês, é acusado de "incitar à subversão". O manifesto, chamado de "A Carta 08", de dezembro de 2008, foi assinado inicialmente por 300 intelectuais chineses, mas hoje já reúne perto de 10.000 signatários, segundo a rede de ativistas Defensores dos Direitos Humanos na China (China Human Rights Defenders - CHRD). "O documento pede, entre outros, a separação de poderes, um sistema judiciário independente, democracia legislativa, multipartidarismo, liberdade de associação, religião e imprensa, a proteção ao meio ambiente, e uma nova Constituição. Inspira-se na Carta 77, redigida na antiga Tchecoslováquia durante o então regime comunista (janeiro de 1977)". Sobre liberdade de religião, o redator principal do manifesto de 2008, e, agora, prêmio Nobel da Paz, Xiaobo, declara, com seus parceiros, a necessidade de uma mudança na legislação chinesa:

"Temos que garantir liberdade de religião e crença, e instituir a separação entre religião e estado. Não pode haver interferência governamental em atividades religiosas pacíficas. Precisamos abolir quaisquer leis, regulamentos ou regras locais que limitem ou tirem a liberdade religiosa dos cidadãos. Precisamos abolir o atual sistema que exige que grupos religiosos (e seus lugares de culto) obtenham, antes de iniciar, uma aprovação oficial. Isto precisa ser substituído por um sistema no qual o registro é opcional e, para aqueles que escolherem se registrar, automático".

O manifesto foi proclamado aproveitando ocasiões muito especiais e sensibilizadoras, e seu parágrafo de abertura é o seguinte:

"Este ano (2008) é o 100º aniversário da Constituição Chinesa, o 60º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o 30º aniversário do Muro da Democracia e o 10º ano desde que a China assinou a Convenção Internacional dos Direitos Civis e Políticos. Depois de experimentar um prolongado período de desastres dos direitos humanos e uma tortuosa luta e resistência, os cidadãos chineses estão cada vez mais e com maior clareza reconhecendo que a liberdade, igualdade e direitos humanos são valores universais comuns compartilhados por toda a humanidade, e que a democracia, a república e o constitucionalismo constituem o arcabouço estrutural básico da governança moderna. Uma "modernização" ausente destes valores universais e deste arcabouço político é um processo desastroso que priva os homens de seus direitos, corrói a natureza humana e destrói a sua dignidade. Para onde a China se encaminhará no século XXI? Continuará uma "modernização" sob este tipo de autoritarismo? Ou reconhecerá os valores universais, assimilados em comum nas nações civilizadas e construirá um sistema político democrático? Esta é uma decisão fundamental fundamental que não pode ser evitada".

Leia a íntegra da Carta 8, o manifesto que pede reformas na China e que o agora Prêmio Nobel da Paz ajudou a redigir (em inglês).

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Retirado do site da Agência Soma

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

BOLETIM DE ORAÇÃO FALE – SET/OUT de 2010

Segue o boletim de oração do FALE do mês de setembro/Outubro de 2010. Para baixar a versão em pdf, clique aqui.

Para ler na versão jpg, basta clicar nas imagens abaixo:

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