sábado, 24 de agosto de 2013

Rede Fale convida: Conversa sobre racismo


Eis os componentes da mesa:

-Ana Gomes - professora e orientadora pedagógica na SME/RJ, cineasta e coordenadora do Fórum Permanente de Mulheres Negras Cristãs;

-Hélio Santos - professor e conselheiro no Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro (COMDEDINE/RJ);

-Rogério Gomes - Advogado, Secretário Geral da Comissão de Igualdade Racial da OAB/RJ e Assessor da SUPIR-SEASDH;

-Wagner Agnello - Engenheiro e estudante de Teologia na Universidade Metodista de São Paulo;

-Mediador - Ronilso Pacheco - estudante de teologia na Pontífica Universidade Católica e articulador social no Viva Rio e integrante da Rede Fale.

Participe e chame suas amigas e amigos!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

NOTA DE REPÚDIO DE RACISMO E ABUSO DE AUTORIDADE





A Rede FALE vem a público repudiar o abuso de autoridade policial e racismo ocorrido no dia 11 de agosto em Maceió/AL, contra Franqueline Terto dos Santos e Benedito Jorge Silva Filho.

Condenamos não apenas esta situação específica de racismo e abuso de poder, mas recusamos a maneira pela qual o Estado trata a população, discriminando por cor/raça/etnia, tratando de forma diferenciada as negras e os negros de nosso país.

Relegar o racismo a um plano pessoal é ver os casos de abuso de poder da polícia como casos isolados. Na verdade, o que temos hoje é uma série de instituições que participam de um Estado policial e racista, que vigia e pune as pessoas, e que separa aqueles que considera dignos daqueles que julga indignos de uma cidadania de fato e não apenas de direito.

O escritor cubano Carlos Moore afirma, em seu livro Racismo e Sociedade, que “existe uma tendência crescente para trivializar o racismo, seja relegando-o à esfera puramente das relações interpessoais, seja reduzindo-o ao plano dos meros preconceitos que ‘todo o mundo tem’.” Essa tendência tão presente no Brasil acaba por invisibilizar o racismo e seus efeitos devastadores sobre as negras e os negros, inviabilizando as possibilidades de combatê-lo eficazmente.

Essa cidadania seletiva do Estado brasileiro que nega direitos aos negros e negras, dentre outros grupos “minoritários” , se fez presente de forma concreta com a prisão arbitrária de Franqueline Terto dos Santos, integrante da Rede Fale em Alagoas.

Como uma rede cristã, nós, da Rede FALE, evocamos também o testemunho da Bíblia Sagrada, onde está escrito: "Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com favoritismo" (Livro de Tiago, capítulo 2, versiculo 1).

Que a sociedade e o Estado brasileiros não façam diferença entre as pessoas, mas que defendam os direitos de todas e todos, com atenção especial para o modo como alguns grupos vêm sendo historicamente tratados, e que se estende aos dias de hoje. Que a sociedade e o Estado corrijam suas práticas racistas, violentas e discriminatórias.  

Oramos por um arrependimento racial, social e institucional, porque racismo, discriminação e abuso de poder também são pecados!


16 de agosto de 2013.

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Para saber mais sobre o que aconteceu acesse:

Franqueline e Jorge, após realizarem denuncia. (Foto: Portal G1)





terça-feira, 13 de agosto de 2013

Evento FALE SP: Evangélicos, democracia e participação

Os últimos 2 meses foram marcados por diversas manifestações no país. Com o recorte específico para os cristãos evangélicos na participação dessas demandas e discussões, a Rede FALE São Paulo, promove uma roda de diálogo que contará com a presença de Alexandre Brasil - da Secretaria Nacional de Articulação Social. 

Este evento integra a Consulta Nacional "Evangélicos,democracia e participação" saiba mais no link http://evangelicosparticipacao.org.br/2013/
O evento é gratuito e aberto. 

Horário e local:


15 de agosto, quinta-feira -  Rua dos Jacintos, 377 - Saúde
São Paulo, 04049-050 - Próximo ao metrô Praça da Árvore
(11) 5579-4629


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Rede Fale Goiás promove encontro

A Rede Fale Goiânia promove, nos dias 10 e 11 de agosto de 2013, um encontro que ocorrerá na Igreja Batista Jardim Novo Mundo (Endereço: Avenida Anhanguera, nº 659, Jd. Novo Mundo)
Essa iniciativa tem o interesse de manifestar uma fé comprometida com a justiça e aos desafios de seu tempo. Contamos com a presença de Caio Marçal, missionário e Secretário de Mobilização da Rede Fale.

A PARTICIPAÇÃO É GRATUITA.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

As ocupações e o problema de moradia em BH

Nos dias 11 e 12 de maio de 2012, a polícia Militar de Minas Gerais, com mais de 400 policiais, com cavalaria, tanque de guerra (caveirão), cachorros e muitas armas, despejaram 350 famílias sem-casa e sem-terra da Ocupação Eliana Silva, no Barreiro, que ocupava terreno abandonado. Embora o Município tivesse sequer comprovado a propriedade ou a posse sobre o terreno, foi dada a “reintegração de posse“ do terreno. Houve  relatos de prisões ilegais de advogados, lideranças e apoiadores, que unicamente estavam lá apoiando essa comunidade que luta pelos seus direitos, dentre os quais a moradia, que é um direito fundamental e garantido por nossas leis, mas ainda privilégio de poucos. 

Infelizmente, esse acontecimento é apenas mais um de tantos outros concernentes a realidade das ocupações em Belo Horizonte. Em 2008, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-IBGE), um  estudo realizado pela Fundação João Pinheiro, revelou que o déficit habitacional em Minas Gerais é de 474 mil moradias, das quais 115 mil somente na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No Brasil  o déficit é de 6,273 milhões de domicílios.O problema de moradia atinge a 22‰ da região metropolitana da capital mineira. 

A falta de habitação é um problema histórico em Belo Horizonte e é piorado pelo fato de não se ter nenhum programa que atinja o público mais carente(que ganha de 1 até 3 salários mínimos) para reverter essa grave realidade. Em suma, são os mais pobres os que menos tem acesso a política de construção de moradias de interesse social. Comunidades como Dandara, Eliana Silva, Camilo Torres e Irmã Dorothy, entre outras, sofrem cotidianamente a possibilidade de serem expulsos de suas casas.

Cansados de tanto descaso, tais comunidades ocuparam da prefeitura de Belo Horizonte, que teve início segunda-feira (29/7) e chegou ao fim na quarta. Até então não havia disposição das autoridades de se negociar saídas e construir possibilidades de contornar o problema junto com essas comunidades. 

A Rede FALE BH tem visitado algumas dessas comunidades e se mobiliza junto com outras redes locais para conscientizar as pessoas sobre essa enorme dívida social que prejudica os mais pobres em terras inconfidentes. 

Segue abaixo vídeo de uma visita da Rede FALE BH na Ocupação Dandara: