sábado, 29 de março de 2008

Parnamirim (RN) adia CLJ para dia 05 de abril

A organização da Conferência Livre de Juventude em Parnamirim informa o adiamento do evento para o dia cinco de abril, no próximo sábado.A programação da CLJ inicia às nove horas, na Escola Augusto Severo, com jovens de igrejas evangélicas da cidade. No período da tarde, os participantes serão deslocados para o bairro Felipe Camarão, onde participam de mesas de debate e grupos de discussão. A programação ainda inclui apresentações artísticas de jovens evangélicos de igrejas locais.

A Conferência Estadual do Rio Grande do Norte ocorre nos dias 10, 11 e 12 de abril. Assim, a CLJ ainda é realizada em tempo hábil para levar suas propostas para o evento estadual. O resultado das Conferências Livre também serão encaminhados para discussão na Conferência Nacional de Juventude, nos dias 27 a 30 de abril, em Brasília.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Conferência Livre de Juventude em Fortaleza (CE)


Programação
13:45 - Credenciamento
14:00 - Abertura
14:10 - Celebração
14:30 - Mesa de Debate
14:30 – 14:45: Missão Política da Igreja
14:45 – 15:00: ABUB e FALE no Conjuve
15:00 – 15:15: Movimento estudantil e PPJ
15:15 – 16:00: Debate com plenária
16:00 - Grupos de Trabalho (GTs)
GT 1: Cultura – Mídia – Tempo Livre
GT 2: Cidade – Meio-ambiente
GT 3: Educação – Família – Trabalho
GT 4: Política
17:30 - Síntese & Encaminhamentos
18:30 - Atividade Cultural & Encerramento
contatos:
Daniel (85) 8819-5059
Rodolfo (85) 9645-8508 / (85) 3287-4776

quarta-feira, 19 de março de 2008

Marabá(PA) reúne jovens para CLJ no fim de semana

Rede FALE promove discussões sobre políticas públicas de juventude

A Conferência Livre de Juventude em Marabá (PA) reúne jovens evangélicos da cidade para discutir os temas família, educação, meio ambiente e segurança. O evento ocorre no sábado, dia 22, na sede da Assembléia de Deus.

O início da Conferência será às nove horas, com cadastramento e palestras sobre os temas do evento. Haverá uma mesa de debates e, em seguida, o almoço. A tarde será dedicada aos grupos de trabalho, que devem apresentar propostas de políticas públicas nos temas debatidos. O documento final, com o resultado de todos os grupos, será encaminhado para a Conferência Nacional. O encerramento está previsto para as 18 horas.

A CLJ em Marabá é organizada pelo articulador regional do FALE, Carlos Eduardo Fernandes. A Rede tem promovido eventos em diversas cidades do país, com o objetivo de incentivar a participação evangélica na elaboração de políticas públicas para a juventude.

Palestrantes

A organização convidou quatro palestrantes, com habilidades específicas para tratar de cada um dos temas. O pedagogo Sidnei Silva fará uma abordagem sobre o quadro educacional municipal. Em seguida, missionário Otávio, das Portas Abertas, coloca em discussão a questão familiar. O secretário de Meio Ambiente, Antônio Rosa, fará uma reflexão sobre a situação ambiental e o relacionamento da comunidade com o meio. O ciclo de palestras será encerrado pelo historiador e acadêmico de Direito, Alexandre Rosa, com o debate sobre o tema segurança.


segunda-feira, 17 de março de 2008

São Paulo organiza duas CLJs

Na capital paulista, a Rede FALE organiza duas Conferências Livre de Juventude (CLJ). A primeira será no sábado, dia 22, no centro da cidade. No outro fim de semana, dia 29, jovens evangélicos discutem políticas públicas de juventude no Jardim Marajoara. Temas como Escola, Família, Meio Ambiente e Trabalho serão discutidos pelos paulistanos. Confira abaixo o endereço dos eventos e participe! Saiba mais sobre as Conferências Livres e como o FALE participa no processo de elaborar políticas que nortearão a juventude do país nos próximos anos.


CONFERÊNCIA LIVRE DE JUVENTUDE
Data: 22/03
Local: Assembléia de Deus – Min. Belém
Rua do Glicerio 164 Praça da Sé - Centro de SP
Temas: Escola , Família e Trabalho
Preletor: Caio César Marçal
Contato: isaiasceifa@hotmail.com (Isaias) abigailsander@gmail.com (Abigail)

CONFERÊNCIA LIVRE DE JUVENTUDE
Data: 29/01
Local: Assembléia de Deus Betesda
Av. Eng. Alberto de Zagottis, 1000 - Jd. Marajoara – São Paulo
Temas: Meio Ambiente
Preletor: Marcos Davi – A Rocha
Contato: icecsp@betesda.com.br (Lucas);
isaiasceifa@hotmail.com (Isaias)

domingo, 16 de março de 2008

País ainda tem 95,6 milhões sem acesso adequado a saneamento básico

Publicada pelo O Globo de 15/03/2008.
Acesse o original AQUI.


O povo de Saquarema está abandonado. O bairro boqueirão é só lama. Sem calçamento e esgoto - Foto do leitor Mario Roberto Tavares Seawright

SÃO PAULO - Silvandira Rosa de Jesus, de 47 anos, mora a 60 quilômetros da Avenida Paulista, uma das referências nacionais da modernidade. No entanto, nunca pisou por lá. Silvandira é uma entre milhares de brasileiros excluídos da estrutura mínima do século XXI. Rosto inchado por causa de um dente doente, e sem acesso a dentista, ela explica: mora na capital paulista, mas sem água encanada, rede de esgoto, coleta de lixo, telefone, transporte coletivo, médicos, Bolsa Família e sequer escola para os filhos. Computador? Silvandira já viu um, uma vez, pela televisão.

- A gente não tem nada, só o nome. A renda em casa dá uns R$ 50 por semana. Planto umas coisinhas e a gente come - diz Silvandira, moradora de Engenheiro Marsilac, bairro no extremo sul de São Paulo.

Um estudo da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), que cruza dados do IBGE e mostra a evolução do atendimento à população mais pobre - renda domiciliar de até três salários mínimos - mostra que o Brasil ampliou o acesso à estrutura básica de forma geral, mas, ao mesmo tempo, tem deixado crescer muito a fila de espera dos mais carentes. É o que mostra o jornal 'O Globo' neste domingo.

Foram analisados, entre 1999 e 2006, quatro serviços básicos: rede de esgoto, abastecimento de água, rede elétrica e telefonia. A boa notícia é que, de modo geral, há mais brasileiros atendidos em relação ao total da população. Alguns serviços tiveram sua abrangência nitidamente ampliada, como energia elétrica e telefonia.

No entanto, há hoje no Brasil uma fila com 95,6 milhões de pessoas sem acesso adequado ao serviço de coleta de esgoto. Destes, 59,2 milhões têm renda familiar doméstica de até três salários mínimos (61,9%). Em 1999, a fila tinha 90,1 milhões de pessoas. Os mais pobres, dentro desse contingente, somavam 45,9 milhões - o equivalente a 51%. Ou seja, a diferença hoje é de dez pontos percentuais de mais pobres sem acesso a redes de esgoto.

Os vazios de estrutura urbana mínima se espalham pelo mapa do Brasil, que comemora o crescimento do PIB em 5,4% ano passado. Alguns lugares, contudo, concentram carências. Engenheiro Marsilac é um deles. Mais de 30% das famílias vivem em absoluta carência de recursos, com ganho mensal, por pessoa, inferior a meio salário mínimo. Mesmo assim, não há beneficiados em programas sociais do governo, segundo três associações de moradores da região. Em Marsilac, só 31% dos 11.334 habitantes conseguiram concluir, pelo menos, oito anos de estudo, segundo a Fundação Seade.

- Aqui a maioria só tem energia elétrica porque fez "gato". No mais, falta tudo: rede de esgoto, coleta de lixo, iluminação, internet, antena para celular, transporte, médico, dentista e, principalmente, escolas. Para piorar, uma das escolas foi fechada há dois anos - diz Jailton Nascimento de Lima, presidente da Associações dos Moradores de Embura do Alto, uma das comunidades de Marsilac.

Governo diz que mudou foco para beneficiar camadas mais baixas

O Ministério das Cidades analisou a pesquisa da Abdib, a pedido de 'O Globo', e concluiu que "a realidade apontada está em processo de transformação". Segundo o ministério, o governo federal está direcionando suas ações para políticas públicas de inclusão, de modo a beneficiar as camadas sociais mais baixas apontadas pelo estudo. Os resultados, segundo o Ministério das Cidades, "poderão ser observados em curto espaço de tempo".

"Essa realidade apontada pelo estudo da Abdib está mudando. É importante ressaltar que, durante duas décadas, o setor sofreu contingenciamento devido à política macroeconômica que era desfavorável", avaliou o ministério, por meio de nota.

O ministério destaca ainda que, no período entre 2003 a 2007 (governo Lula), a União retomou os investimentos em saneamento, aplicando um total de R$ 12,4 bilhões no setor. O governo ponderou ainda que, na sua avaliação, cerca de 52% da população sem acesso a água e esgoto estão concentrados nas regiões metropolitanas do país.

Além disso, "como forma de inclusão social", segundo o Ministério das Cidades, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tem funcionado para saneamento, habitação e urbanização de favelas, com um investimento total de R$ 156 bilhões, no período entre 2007 e 2010.

'O Estado, dominado pelos ricos, exclui pobres'

O aumento das filas de espera dos brasileiros mais pobres por estrutura básica - como redes de água e esgoto - demonstrado pela pesquisa da Abdib revela que a desigualdade de renda cresceu no país e que os mais ricos ampliaram seu domínio político. Os efeitos são globais: o aumento da poluição, a piora da saúde pública e o crescimento da violência. A avaliação é de urbanistas que estudaram o levantamento a pedido de 'O Globo'.

- A pesquisa é chocante, porque coloca o dedo na ferida, o aumento da desigualdade. A pesquisa é prova cabal disso. Mostra que o Estado, de modo geral, está dominado pelos mais ricos e exclui os pobres. Os efeitos são nefastos para todos - avalia o urbanista da USP (Universidade de São Paulo) Flavio Villaça, pós-doutor em geografia urbana e autor de livros sobre o espaço urbano no país.

Na Vila Imperial, ratos, baratas e pouca esperança

De pomposo, só o nome: Vila Imperial. Na realidade, um aglomerado de casebres e barracos sob um viaduto que divide uma área popular e outra região nobre de Recife, os bairros de Santo Amaro e do Espinheiro. De um lado, arranha-céus de luxo. Do outro, um imóvel desocupado no interior do qual surgiu uma comunidade. São 150 famílias, que dividem o espaço com ratos e baratas. Não têm esgoto. A água é resultante de um "desvio". E a iluminação, feita à custa de gambiarras.

Mais de 70% das pequenas unidades residenciais não têm vaso sanitário e há até as que não contam, sequer, com um telhado. Os moradores não têm o direito a possuir um endereço oficial. Os becos não são ruas, não constam no mapa da cidade e muito menos na listagem oficial dos Correios.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Confirmada Conferência Livre de Parnamirim

Fale é apresentado em evento regional no Rio Grande do Norte

A organização da Conferência Livre de Juventude em Parnamirim (RN) espera receber aproximadamente trezentos jovens para discutir e elaborar propostas de políticas públicas para a juventude. O evento ocorre no próximo dia 22, sábado, na Escola Estadual Augusto Severo, no centro da cidade. Esta conferência é organizada pelo FALE, com apoio do governo federal.

A CLJ em Parnamirim será a segunda no Rio Grande do Norte com participação dos jovens evangélicos. Na Conferência Regional do Vale do Apodi, o FALE foi apresentado na abertura do evento pelo articulador regional da Rede, Leandro Silva, que também integra o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). A Conferência reuniu jovens de sete municípios distantes da capital e elegeu dez delegados de igrejas da região interiorana. O contato entre os jovens evangélicos e o Fale resultou na criação de um grupo regional da Rede e o fortalecimento da CLJ de Apodi, que ocorreu no domingo, dia nove.

Durante o mês de março, o FALE ainda realiza Conferências Livres de Juventude em São Paulo. Confira o calendário abaixo.

São Paulo
PRÉ-CONFERÊNCIA DE JUVENTUDE
Data: 15/03
Local: Assembléia de Deus – Min. Belém
Rua do Glicerio 164 Praça da Sé - Centro de SP
Tema: Fé Cidadania e juventude Cristã
Preletor: Capelão Agostinho Gomes e Caio César Marçal
Contato: isaiasceifa@hotmail.com (Isaias)
capelao.sp@capelani acgadb.com.br (Capelão Agostinho Gomes da Silva Filho)


CONFERÊNCIA LIVRE DE JUVENTUDE
Data: 22/03
Local: Assembléia de Deus – Min. Belém
Rua do Glicerio 164 Praça da Sé - Centro de SP
Temas: Escola , Família e Trabalho
Preletor: Caio César Marçal
Contato: isaiasceifa@hotmail.com (Isaias) abigailsander@gmail.com (Abigail)

Estes eventos discutirão propostas de Políticas Públicas de Juventude que serão apresentadas na Conferência Nacional de Juventude.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Fome no mundo, até quando?

Deixou-me profundamente inquieta a divulgação, pela revista The Lancet, de estudos médicos, na Inglaterra, que atribuem mais de um terço das mortes anuais de crianças com menos de cinco anos (em torno de 3,5 milhões) à falta de nutrição materna e infantil. Acrescentam os estudos que quatro entre cinco crianças que sofrem de desnutrição vivem em 20 países do planeta, sendo extremamente grave a situação de Mianmar, Índia, Uganda e África do Sul, dois países asiáticos e dois africanos, respectivamente.

Minha inquietação se aprofundou mais ainda, ao ler reflexões de Frei Betto, em seu livro Calendário do Poder, sobre a fome, por ele considerada o maior escândalo do Século XX: mata mais do que a violência, os acidentes e as enfermidades juntos! São 24 mortes por fome a cada dia no mundo.

Pergunto-me o que faz a divulgação desses dados tão chocantes ser tão restrita. Vem-me de pronto a idéia de que assim ocorre pela naturalização que imputamos usualmente à pobreza; pela banalização que envolve as injustiças sociais, cotidianas ou não; e, sobretudo, por serem as mortes por fome eminentemente marcadas pela classe social de suas vítimas: são os pobres que morrem de fome, e morrem de fome principalmente os pobres de países com elevados índices de pobreza e de desigualdade social.

Assim, nós outros calamo-nos quase sempre diante desse escândalo social, aparentemente inaceitável, posto que de fato banalizadamente aceito e vergonhosamente justificado, em tempos de tanto progresso material, tecnológico e do mundo da informação.

O que será preciso acontecer para que a nossa compreensão se amplie, de forma a superarmos tamanho descaso diante de mortes evitáveis, desde que revistas prioridades da vida política e social da família humana?



ÂNGELA PINHEIRO
Professora da Universidade Federal do Ceará, integrante do Nucepec (Núcleo Cearense de Estudos e Pesquisas sobre a Criança) da UFC
(publicado no jornal O POVO, em 06/03/2008 - http://www.opovo.com.br/)