No dia 29 de abril de 2009, jovens representantes de organizações e denominações cristãs reuniram-se no ISER – Instituto de Estudos da Religião, no Rio de Janeiro, com a finalidade de discutir propostas conjuntas de envolvimento social cristão. Na pauta estava a formação de um setor de juventude vinculado à Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS), e a participação da juventude evangélica carioca no recém-criado Conselho Municipal de Juventude do Rio de Janeiro.
O encontro iniciou com a palavra de Clemir Fernandes, que apresentou a RENAS, frisando a importância da cooperação e do trabalho em Rede. “As organizações jovens não precisam reproduzir os mesmos equívocos cometidos pela geração mais adulta, cujas entidades trabalhavam em separado e até em competição. Nosso trabalho não é de disputa mas de cooperação. Não trabalhamos uns contra os outros, mas visamos todos o mesmo objetivo, por isso o trabalho em rede é fundamental. Junto se vai mais longe e se alcança maiores e melhores resultados”, afirmou Clemir.
O grupo reagiu a esta palavra inicial e Luis Henrique Leão, conselheiro da Juventude Batista do Estado do Rio de Janeiro (JUBERJ), manifestou apoio à formação da RENAS-Jovem. Para ele, essa proposta “contribui para a unidade, organização e cooperação de esforços entre os jovens”. Márcio Tchalian, da organização Jovens Com Uma Missão (JOCUM), que realiza pesquisas sobre o perfil das empresas instaladas no centro do Rio, ressaltou a importância do momento e se comprometeu a levar as demandas da RENAS-Jovem à liderança da sua organização. Para ele, “a promoção de justiça é uma preocupação que cabe a cada jovem cristão”.
Representantes de diversas siglas, os jovens decidiram articular-se na RENAS-Jovem – rede que hoje é gerenciada conjuntamente em um grupo de discussão por e-mail. Adriana, da JOCUM, avalia que o “conceito de rede é fundamental”, pois permite que organizações evangélicas somem forças sem anular suas diferenças, fortalecendo a unidade na diversidade.
Políticas Públicas de Juventude
A discussão sobre Políticas Públicas de Juventude (PPJ) se iniciou com a intervenção de Marcus Vinicius Matos, secretário executivo da Rede FALE, sobre a experiência de sua organização no Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE). Segundo Marcus, “é preciso que as organizações cristãs mobilizem mais jovens para discutir PPJ nas igrejas”. Sobre isso, Gilciane de Oliveira, da Juventude Batista Brasileira (JUMOC), questionou: “mas como comunicar e causar paixão nos jovens? A igreja local precisa ir além do assistencialismo, e ter uma outra visão para este público”.
Para Lucas Gomes, da JOCUM, “a saída é começar a falar de Missão Integral”. Já Pedro Grabois, da Rede FALE, acredita que é preciso “mobilizar os jovens a partir das redes que já existem”. Outra opinião foi a de Jéferson André, da Igreja Batista da Redenção, para quem o desafio é “empoderar os jovens para que possam se envolver com projetos e redes em suas próprias igrejas”. André, da Educafro, e Márcio, enfatizaram a importância de realizar encontros e eventos de/para/com jovens.
O grupo decidiu promover atividades dentro do encontro nacional da RENAS, que será realizado nos dias 27, 28 e 29 de agosto, bem como articular o III Seminário Evangélico de Políticas Públicas de Juventude, com data a ser definida.
Participaram da reunião André (Educafro), Adriana, Márcio Tchalian, Kamila Moratt e Lucas, da JOCUM, Luis Henrique Leão (JUBERJ), Clemir Fernandes (ISER), Gilciane Oliveira (JUMOC), Marcus Matos e Pedro Grabois (Rede FALE), e Jefferson André, da Igreja Batista da redenção. O próximo encontro ficou agendado para o dia 27 de maio, às 18h30, no ISER. (por Marcus Matos)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário