quinta-feira, 26 de maio de 2011

FALE São Paulo levanta sua voz contra o abuso infantil

Ato público convoca população à quebrar o silêncio
Por Diana Gilli Bueno


 
Aproximadamente mil pessoas protestaram contra o abuso sexual infantil, no vão do Museu de Arte de São Paulo (MASP). O ato público foi incentivado por diferentes ONGs e movimentos evangélicos, entre eles o FALE São Paulo. O evento, realizado no dia 18 de maio, também marcou o Dia Nacional de Combate à Violência e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

A iniciativa teve por objetivo fortalecer o conceito de que crianças e adolescentes têm sexualidade a ser desenvolvida, mas que essa não pode ser objeto de abuso ou de exploração sexual.

Durante a manifestação, grupos de jovens se destacaram porque usavam um tipo de mordaça feita com fita crepe. De acordo com alguns participantes, esse foi um ato para lembrar as autoridades da dificuldade de registrar denúncias de abuso sexual contra adolescentes e crianças. “Esse ato é importante para dar voz aqueles que não têm voz”, afirmou um dos manifestantes.

Diferente de outros protestos, dessa vez as crianças e adolescentes estiveram presentes e mandaram seu recado por meio de cartazes. Integrantes do Fale São Paulo ainda participaram da promoção de um “buzinasso” junto aos motoristas que passavam pela Avenida Paulista. Eles também levantaram suas vozes e faixas. Ainda foram distribuídas cartilhas de esclarecimento sobre esse tipo de violência.

Nomeada de “Quebre o Silêncio”, a manifestação teve veiculação em diferentes veículos de comunicação, como por exemplo: a Globo News, TV Globo de São Paulo, o jornal Folha de S.Paulo, o Portal R7 – da Record.

O dia 18 de maio foi criado em 1998, quando cerca de 80 entidades públicas e privadas, reuniram-se na Bahia para o 1º Encontro do Ecpat no Brasil. Foi nesse encontro que surgiu a ideia de criação de um Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil.

Coordenado pela ONG Makanudos, o protesto teve o apoio do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e a participação de várias ONGs cristãs como RENAS, Rede Mãos Dadas, FALE, AEBVB, Exercito de Salvação, Fundação Comunidade da Graça e Visão Mundial. Além delas, a Childhood-Brasil (WCF), o Instituto Sedes Sapientiae e a organização Toca do Estudante.

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