segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Tapioca com Teologia em Fortaleza

O Núcleo da Fraternidade Teológica Latino Americana de Fortaleza convida para:



sábado, 26 de julho de 2008

Conjuve lança Pacto pela Juventude

Entidades evangélicas que integram o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) participaram da formulação do Pacto pela Juventude, que foi lançado em Brasília, no dia 22 de julho. O Pacto contém 70 resoluções de Políticas Públicas para a juventude, sendo 22 prioritárias e tem por objetivo manter as discussões sobre os problemas enfrentados pela juventude brasileira e as políticas públicas que podem melhorar a vida do jovem. A Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB), Jovens com Uma Missão (Jocum) e Rede Fale representam os evangélicos no Conjuve e buscam defender princípios cristãos em discussões como o Pacto, que definem as ações do governo para a juventude nos próximos anos.

Dentre as propostas principais do Pacto estão a garantia e a visibilidade dos direitos dos negros, a ampliação dos investimentos na educação e a prática de esporte e da cultura como fundamentais para o desenvolvimento dos jovens. De acordo com o presidente do Conjuve, Danilo Moreira, há mais de 50 milhões de jovens na faixa etária de 15 a 29 anos no Brasil, e a atenção aos negros é fundamental para resolver outros problemas, além do preconceito. “A maioria dos jovens que sofrem violência nas grandes periferias são negros. Eles são vítimas por causa de questões sociais, econômicas e raciais”, destaca o líder.

Uma das representantes da ABUB no Conjuve, Sarah Nigri, explica que o Pacto tem como proposta “criar mecanismos de controle social sobre a implementação das políticas públicas de juventude, incentivar a formação de espaços de discussão sobre as resoluções aprovadas na Conferência Nacional, fomentar a criação de órgãos institucionais de juventude nos estados e municípios, enfim, fortalecer o diálogo entre os diversos segmentos da sociedade civil e entre estes e o poder público, além de efetivar uma política de juventude nas três esferas: municipal, estadual e nacional”.

Ela enfatiza a importância da participação da juventude evangélica neste processo. Os debates e ações do Conjuve são as bases que formularão as políticas públicas de juventude, ou seja, fundamentam as decisões do governo direcionados ao jovem nos próximos anos. “Como cidadãos, temos a obrigação de fiscalizar as ações do Estado e também temos o direito de participar da construção de alternativas para a superação das desigualdades sociais em nosso país”, afirma.

Nigri acredita que a participação dos evangélicos nas discussões sobre juventude ainda deixa a desejar. “Precisamos reforçar no meio evangélico a noção de responsabilidade social do cristão e esclarecer que lutar pela justiça e pelos direitos dos excluídos não é uma questão de ‘caridade’, mas parte de nossos deveres como seguidores de Cristo”, enfatiza a estudante.

Conjuve

O Conjuve é o órgão consultivo da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), cujo objetivo é assessorar a formulação de diretrizes da ação governamental, promover estudos e pesquisas acerca da realidade socioeconômica juvenil, assegurar que a Política Nacional de Juventude do Governo Federal seja conduzida por meio do reconhecimento dos direitos e das capacidades dos jovens e da ampliação da participação cidadã.

(Fonte: Agência Soma)

Veja mais sobre participação evangélica no Conjuve:
+ ABUB e FALE integram Conselho Nacional de Juventude

terça-feira, 1 de julho de 2008

Saneamento afeta rendimento escolar infantil

O acesso ao saneamento básico causa um aumento de 30% no aproveitamento escolar infantil, segundo pesquisa do Instituto Trata Brasil e Fundação Getúlio Vargas (FGV). Apesar disso, a falta de saneamento atinge 53% da população brasileira. Esta situação coloca em risco a saúde das pessoas e o desenvolvimento das crianças. O estudo revela ainda que 11% das faltas cometidas por trabalhadores que habitam regiões sem saneamento estão ligadas a esse motivo.

A universalização do acesso à rede geral de esgoto deverá acontecer apenas daqui a 115 anos, em 2122, informa a pesquisa. "Cada R$ 1 milhão investido em obras de esgoto sanitário gera 30 empregos diretos e 20 indiretos", ressaltou. "Com o investimento de R$ 11 bilhões por ano, reivindicado pelo setor de saneamento, calcula-se que sejam gerados 550 mil novos empregos no mesmo período", diz Felli.

Segundo a pesquisa, a Bahia, com o Projeto Bahia Azul, voltado ao saneamento e meio ambiente e adotado na década de 70, registrou, em nove anos (1991-2000), um crescimento na taxa de acesso à rede de esgoto de 18,84% para 68,42% (aumento de 236,98%). O que lhe rendeu o terceiro lugar no ranking de acesso ao saneamento no País em 2006, com 78,42%, atrás apenas de Minas Gerais (83,58%) e São Paulo (78,64%).

Despoluição da Guanabara

Já no Rio de Janeiro, o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG) não conseguiu resultado satisfatório, principalmente se comparado aos resultados apresentados na Bahia, Estado maior e mais pobre. Também num período de nove anos (1991 a 2000) o Rio apresentou aumento no índice de acesso populacional ao saneamento de 47,08% para 64,98% (aumento de 38,02%). Resultado baixo que, segundo a pesquisa, pode se ver refletido na deflagrada epidemia de dengue.

"Com a pesquisa, desenha-se um cenário mais completo sobre as conseqüências ao desenvolvimento das gerações presentes e futuras. A universalização do saneamento no País é fundamental para melhorar os indicadores de desenvolvimento humano brasileiros", concluiu o presidente do Instituto Trata Brasil.

Fonte: Agência Soma
www.agenciasoma.org.br

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Campanha contra o infanticídio indígena

"Meu nome é Eli. Eu sou um líder indígena da etnia Ticuna, do Amazonas.

“Centenas de crianças indígenas foram rejeitadas por suas comunidades nos últimos anos. Condenadas à morte por serem portadoras de deficiências físicas ou mentais, por serem gêmeas, ou filhas de mãe solteira, elas foram enterradas vivas, envenenadas ou abandonadas na floresta. Muitas eram recém-nascidas, outras foram mortas aos 3, 5 e até 11 anos de idade.

“A prática do infanticídio causa um grande sofrimento nas famílias das crianças. Conheço muito bem a dor que essas famílias enfrentam quando são forçadas pela tradição a sacrificar suas crianças. Mas conheço também mulheres corajosas que enfrentam a tradição e literalmente desenterram crianças que estavam condenadas à morte. Essas mulheres, mesmo sem nunca terem estudado direitos humanos, sabem que o direito à vida é muito mais importante que o direito à preservação de uma tradição. Por causa do sofrimento do meu povo indígena, e da coragem dos meus parentes que se opõem ao infanticídio, eu me dispus a trabalhar na elaboração de um projeto de lei. O primeiro esboço saiu da minha cabeça. Numa segunda fase, contei com o apoio de uma equipe de especialistas e de um deputado federal sensibilizado pela causa.

“Como indígena e defensor dos direitos fundamentais, conclamo a sociedade brasileira, índios e não-índios, a participar da Campanha Lei Muwaji. A primeira coisa que peço é que você assista ao documentário Hakani – a história real de uma menina suruwaha que foi enterrada viva, mas foi resgatada por seu irmão de nove anos. Você vai se comover com a luta desse menino para salvar a vida de sua irmãzinha. Depois de assistir ao filme, ajude-nos a pressionar o governo para que a Lei Muwaji seja votada com urgência. Faz exatamente um ano que o projeto de lei está parado na Comissão de Direitos Humanos, o que mostra o total desinteresse do Congresso pela causa indígena. Temos menos de um mês para fazer com que a comissão vote o projeto ou ele cairá no esquecimento. Nós precisamos da sua ajuda para superar essa prática terrível que ceifa a vida de centenas de crianças inocentes”.

O documentário sobre a menina que foi resgatada pelo irmão está no site Hakani, que reúne outras informações sobre infanticídio e a campanha pela Lei Muwaji.








sábado, 14 de junho de 2008

Dados sobre a juventude brasileira

Baixa escolaridade, desemprego e miséria afetam grande parte dos jovens brasileiros. Dados sobre o relacionamento da população juvenil e a sociedade brasileira foram recentemente divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no artigo "Juventude e Políticas Sociais no Brasil", assinado pelo diretor-presidente Marcio Pochman. Confira abaixo os números de alguns dos problemas enfrentados pelo jovem no país.

- Há 51 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos.

- 66% deles estão fora de salas de aula.- Apenas 13% deles estão cursando curso supe *Juventude e políticas sociais* - Apenas 48% dos que têm 17 e 18 anos estão estudando no Ensino Médio.


- A principal causa alegada para não estar estudando, entre os homens é ter que trabalhar para ajudar a família; entre as mulheres, a gravidez.

- 46% deles estão desempregados.

- E 50% dos 54% que estão empregados trabalham sem carteira assinada. Ou seja, do total de jovens, apenas 27% têm emprego com carteira assinada, e por tanto direitos trabalhistas e previdenciários. O que no futuro lhes trará muitos problemas.

- 31% de todos eles podem ser considerados miseráveis, pois possuem renda per capita inferior a meio salário mínimo.

- 70% dos jovens considerados pobres, são negros.